Sábado chuvoso. Dia cinza. Cabeça doendo. Quase é a sensação.
Confesso que gostaria que as primeiras palavras desse espaço fossem coloridas. Que falassem sobre o começo das coisas, sobre aquele brilho especial de início, aquele gostinho e ansiedade que a gente só sente quando estamos entrando no desconhecido, quando começamos algo novo.
Mas como falar sobre começos se tenho me sentido imóvel atrás da linha de largada. E essa imobilidade se dá sem que seja por vontade minha, ela se dá porque simplesmente às vezes é necessário esperar. E eu não gosto desse gosto.
Tudo encontra-se supenso.A sensação é de quase.
Como num suspiro fundo onde o ar não volta. Entra nos pulmões, deixando-os cheios, prontos pra explodir...mas o ar não sai. E só vai sair quando quiser. O ar tem tido vontade própria...
Muitas possibilidades. Muitos desejos. Quase.
Talvez seja a síndrome de janeiro, já que dizem por aí que tudo só começa depois do carnaval. De novo o carnaval. Tenho começado a não gostar do carnaval, ou das minhas histórias de carnaval.
A verdade é que minha mão tenta alcançar mas não chega. A cabeça dói e tento ampliar meus horizontes.
Ser menos eu e mais nós.
Nós, nó, nossos. Olhar no olho. Gesto sincero. Amor humano.- E, por favor, entendam esse amor como algo maior, sentimento de irmão...estar no meio, ser o meio.
Mas tudo encontra-se suspenso...é a sensação.
*E pra finalizar, como será comum por aqui, um poema do grande:
sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos a fora
calma, calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa
Leminski
*pq sim, ele sabe dizer o que eu quero muito melhor do que eu!
*E pra finalizar, como será comum por aqui, um poema do grande:
sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos a fora
calma, calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa
Leminski
*pq sim, ele sabe dizer o que eu quero muito melhor do que eu!