Não consigo sair do lugar.
Olho em volta e sei o que tenho que fazer, sei para onde quero e devo ir. Mas não vou. Me falta estímulo, e não sei onde encontrá-lo.
A cabeça borbulha de ideias.
Sinto-me sozinha.
Tenho vontade de comer um chocolate e encontrar um grande amor. Mas não posso...
Estou buscando o gesto sincero, e já disse isso por aqui. Percebo que as relações estão cada vez mais baseadas em interesses, no quanto o outro é útil pra mim, e não importante. Isso é constante. Não quero isso. Alguém quer?!
Meu quarto está bagunçado, o sol está tímido, e minha lista de coisas a fazer só cresce. Como alguma coisa, assisto televisão, escrevo isso aqui que nem sei o que quer dizer...de alguma maneira me saboto. Mais uma vez me saboto. Canso. Não quero ser útil onde deveria ser importante, e nem importante onde só preciso ser útil. Mas abandonar o ser humano seria algo que doeria mais. Gosto das relações, mesmo sendo, em sua maioria, um tanto quanto tortas...
Penso. Penso seriamente se posso fazer algo, e, contradizendo o que disse a pouco, eu posso sim comer um chocolate. Só!
Querer e observar. Fazer e mal falar. Constatar e consentir!
ResponderExcluirImobilidade e conclusões manchadas de um sépia sanguessuga, que parece não mais largar, não mais deixar de sufocar. Secar a garganta e nos fazer acreditar que é melhor mesmo respirar menos, mas sem deixar de falar muito, e falar de um todo, de se retirar, se distanciar e achar que não faz parte, que é diferente... Que é importante quando todos dizem que é útil... Quando todos... Mas que todos? Estão todos errados mesmo!
Continuemos.
Me da um pedaço desse chocolate?