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domingo, 18 de março de 2012

Toda noite é assim. Você em um sono pesado e meu olho tentado não se encantar com cada rabisco seu nas paredes.
Ouço sua respiração.
Pergunto-me se é isso mesmo que quero.
Tento adormecer...
Consigo dormir um pouco, bem pouco. Acordo pra ver se você ainda está lá. Vejo-me mais uma vez deitada em seu peito. Te sinto vivo e cada vez mais longe de mim, mesmo que você segure minha mão com certeza, sei que não está de verdade ali como já esteve um dia.
Seu sono pesado, seu cabelo crescido, sua casa um pouco diferente...suas encenações...minha paixão! Começo por um instante a acreditar que sinto amor. E é estranho porque quando estamos naquela energia suspensa, olhando bem fundo nos olhos um do outro, é quase como uma epifania...é pra mim o amor!...e sempre acabo, no meio daquela noite, por acreditar, com uma certeza que dura só até o próximo nascer do sol, que você também me ama.
Mas dessa vez assumi todos os riscos. E tomada por um amor bem egoísta quis te ter mais uma vez.
Que fosse a última, ou a primeira de uma nova fase...

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