Olhos azuis
Que ainda não posso chamar de meus
Seria pretensão demais
Achar que um dia nos seremos?
Atravessa meu ser olhar-te fundo
No encontro onde dois se fundem
Sem se reconhecerem sós
Sem que a dualidade pareça existir
A lua testemunha nosso ato quase impensado
Quase escondido
Quase silencioso
Onde os olhares é que gritam alto a nossa aparente promiscuidade
O certo e errado ficam em segundo plano
No momento do abraço dado só para conter o frio
A sensação de explosão do grito contido
Da vontade estancada
Libertando-se como um leão faminto
E nos devoramos com o desejo brusco e suave
Das mãos, dos gestos, dos cheiros, dos olhares azuis
De quem sabe o que é se jogar ao céu com vontade madura
25/07
Nenhum comentário:
Postar um comentário