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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

"Virtualidade" ou realidade!?


Será que as pessoas curtem mesmo suas vidas, postando de cinco em cinco minutos tudo o que estão fazendo?!
Algumas vezes me parece uma tentativa de provar a si mesmo o quanto sua vida é maravilhosa, perfeita, livre de erros ou coisas ruins....ai, que preguiça!!! Vivemos escravos de um curtir alheio, da aprovação dos outros, de mostrar, mostrar e mostrar...
Vamos viver mais a vida real do que a virtual! Viver dentro de nós, perto de nós....da nossa essência, da nossa realidade!
Larguem um pouco os celulares, as fotos instantâneas...VIVA!!!!! Abrace, olhe, curta, sinta...não temos mais memórias, não temos mais sensações só nossas...tudo tem de ser compartilhado, escancarado...só a tristeza parece nos pertencer (porque são poucos os que ousam admitir estarem numa fase não tão boa.).
(E esse desabafo não é só meu, tenho certeza!, muitos compartilham disso também. O assunto foi até pauta de uma revista inteira! Imagina o quanto as pessoas não estão adoecendo com essa mania de vida perfeita. Na revista, em uma das matérias, eles até diziam que deveria existir uma rede social da vida real: pessoas sem maquiagem, brigando com seu marido perfeito, sem grana no fim do mês pq fez aquela viagem maravilhosa só para mostrar pros outros...)
Uns disfarçam muito bem, e você até chega a querer ter uma vida como aquela, tão novela das oito...mas tem aquelas que você acompanha de perto e são justamente as que te fazem perceber o quanto as pessoas tem medo de viver suas próprias vidas, e o quanto mentem para si mesmas. "Ah, a praia!" "Ah, o amor!" Você gosta mesmo de praia?! Você gosta mesmo da pessoa que está sentada ao seu lado?!

Observando tudo isso, e querendo me libertar cada vez mais disso, só desejo nesse ano "novo": mais verdades, sinceridades, liberdade e desapego! Vamos ser o que somos...sem filtros, sem máscaras...Sem medo de mudar de rumo e direção, e de admitir pra si mesmo que sua vida está muito longe de ser como você gostaria. Quem tem coragem?!

Ser feliz - DE VERDADE - é para os fortes!

Mas tudo está em nossas mãos, e aceitar nossa realidade, acredito, ser um ótimo e grande passo para a verdadeira felicidade!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

o que quer dizer diz

O que quer dizer, diz.
Não fica fazendo
o que, um dia, eu sempre fiz
Não fica só querendo, querendo,
coisa que eu nunca quis.
O que quer dizer, diz.
Só se dizendo num outro
o que, um dia, se disse,
um dia, vai ser feliz.


Leminski

segunda-feira, 23 de abril de 2012

além

Tem coisa que a gente sente
Sabe
Tem energia que bate
É mais, bem mais do que se vê
E pode ser que só passe
Seja um instante
Um segundo
Ou a eternidade...

domingo, 18 de março de 2012

dorAmor!

{dor aguda eu inventei de ter
não sei se é dor, ou amor
mas de tanto que dói, dá prazer}
Toda noite é assim. Você em um sono pesado e meu olho tentado não se encantar com cada rabisco seu nas paredes.
Ouço sua respiração.
Pergunto-me se é isso mesmo que quero.
Tento adormecer...
Consigo dormir um pouco, bem pouco. Acordo pra ver se você ainda está lá. Vejo-me mais uma vez deitada em seu peito. Te sinto vivo e cada vez mais longe de mim, mesmo que você segure minha mão com certeza, sei que não está de verdade ali como já esteve um dia.
Seu sono pesado, seu cabelo crescido, sua casa um pouco diferente...suas encenações...minha paixão! Começo por um instante a acreditar que sinto amor. E é estranho porque quando estamos naquela energia suspensa, olhando bem fundo nos olhos um do outro, é quase como uma epifania...é pra mim o amor!...e sempre acabo, no meio daquela noite, por acreditar, com uma certeza que dura só até o próximo nascer do sol, que você também me ama.
Mas dessa vez assumi todos os riscos. E tomada por um amor bem egoísta quis te ter mais uma vez.
Que fosse a última, ou a primeira de uma nova fase...

já matei você mil vezes!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

{vi-vendo} coisas que valem a pena ver!

"Luis Antonio - Gabriela", espetáculo teatral da Cia Mungunzá
    Quando folheamos algum dos inúmeros cadernos culturais que circulam por São Paulo, vemos milhares de opções de peças teatrais saltarem aos nossos olhos e automaticamente nos vem a questão: mas o que assistir?! 
    Não costumo usar da tática do "uni duni tê" para esse tipo de coisa. Quando decido por assistir um espetáculo, ou até mesmo um filme, são várias as coisas que me influenciam na escolha: o autor que eu já li e gosto do trabalho, o diretor que eu já conheço, a Cia teatral que já acompanho e acho muio boa, os atores...enfim, mas o que mais pesa na minha decisão é a indicação de algum amigo! A-do-ro quando alguém chega e diz: - Você tem que assistir àquela peça! É fantástica!!!...rs...e eu vou correndo! Claro que o agrado não é 100% garantido, porque cada obra tem a sua singularidade e nos toca das formas mais variadas possíveis e atingem lugares dentro da gente que muitas vezes nem podíamos imaginar. Ou também  simplesmente não nos acrescenta nada. É como dizemos: a obra só se dá por completa quando entra o espectador. E eu sempre penso que essa troca não é certeira, porque cada um que senta na platéia traz consigo toda uma bagagem emocional, cultural, de relacionamento e extremamente pessoal, que vai influenciar diretamente na leitura que ela fará do que está vendo. Por isso, mesmo sendo indicado por pessoas queridas, você só saberá se gosta ou não se "pagar pra ver". 
    E como eu normalmente me influencio por opiniões de pessoas próximas, fui nas indicações de dois amigos e não me arrependi nem um pouco!

    Uma das peças que assisti é a da foto aí de cima, "Luis Antonio - Gabriela", que está em cartaz na Funarte até o próximo domingo, se não me engano. A história é linda! Além de contar com uma direção impecável, recursos cênicos muito bem utilizados, atores ótimos e muita poesia, que eu adoro. É uma história real da vida de Luis Antonio, que era irmão do diretor do espetáculo (Nelson Baskerville) e que a partir de um determinado momento de sua vida deixa de ser Luis Antonio para ser Gabriela. A trajetória de vida do personagem é contada desde o seu "nascimento" até sua morte, do ponto de vista de vários personagens e abordando a questão das relações. É aquele tipo de peça pra se emocionar, sabe?! Realmente muito boa!!!
Parece que eles vão fazer uma temporada no Sesc depois, mas aqui http://www.funarte.gov.br/evento/luis-antonio-gabriela-8/ tem as informações desse momento. 

    Outra peça que assisti também e que gostei muito foi "A Brava", da Brava Cia no Sesc Santo André. Era única apresentação desse espetáculo mas fica como indicação as peças na Companhia que são muito boas. Eles têm como estética do grupo o teatro de rua que é uma linguagem que eu gosto muito e me interesso bastante também. E achei, nessa peça que assisti deles, que eles articulam muito bem essa linguagem! Gostei muito! Esse é o blog da Cia http://blogdabrava.blogspot.com/ que tem a programação atualizada e pode ser que aconteça de novo essa peça que assisti que conta de uma forma muito clara, divertida e reflexiva a história de Joana D'arc. Vale a pena ficar de olho! Mas quem estiver afim de ver alguma outra peça deles eles ainda se apresentarão no Sesc Sto André com o projeto RUA (EN)CENA, que trouxe a cada final de semana um espetáculo diferente dentro do repertório da Cia. Bem legal! Esse final de semana não tem, mas dia 26/02 tem o novo trabalho deles que homenageia o TUOV (Teatro Popular União e Olho Vivo) que é um grupo de teatro de rua bem tradicional aqui de São Paulo e que eu tenho uma enorme admiração. Então estou bem feliz por poder ver um trabalho de uma cia boa falando de um grupo bom. Só pode dar em boa coisa!!! 

Vamos?!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

{eu}mais{eu}éiguala{desabafo}!

Não consigo sair do lugar.
Olho em volta e sei o que tenho que fazer, sei para onde quero e devo ir. Mas não vou. Me falta estímulo, e não sei onde encontrá-lo.

A cabeça borbulha de ideias.
Sinto-me sozinha.
Tenho vontade de comer um chocolate e encontrar um grande amor. Mas não posso...
Estou buscando o gesto sincero, e já disse isso por aqui. Percebo que as relações estão cada vez mais baseadas em interesses, no quanto o outro é útil pra mim, e não importante. Isso é constante. Não quero isso. Alguém quer?!

Meu quarto está bagunçado, o sol está tímido, e minha lista de coisas a fazer só cresce. Como alguma coisa, assisto televisão, escrevo isso aqui que nem sei o que quer dizer...de alguma maneira me saboto. Mais uma vez me saboto. Canso. Não quero ser útil onde deveria ser importante, e nem importante onde só preciso ser útil.  Mas abandonar o ser humano seria algo que doeria mais. Gosto das relações, mesmo sendo, em sua maioria, um tanto quanto tortas...

Penso. Penso seriamente se posso fazer algo, e, contradizendo o que disse a pouco, eu posso sim comer um chocolate. Só!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

fragmentos disso que chamamos de {minha}vida

"Meio dia
um dia e meio,
meio dia, meio noite
metade deste poema
não sai na fotografia,
metade, metade foi-se..."
leminski







último final de semana - Araçoiaba da Serra  

*juro que eu estava lá, mas atrás das lentes!;)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Adoro ver histórias dos outros. Assistir. Como se fosse uma novela, ou filme romântico...e imaginar que a vida pode ser linda, leve...que ainda podem existir grandes histórias de amor.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

VERDADE escapa, mentira RÁPIDO

verdade nua e crua
escapa pelas esquinas
corre em cruzamentos
atravessa a rua

será que dói mais
uma mentira sincera
ou uma verdade fugaz?

sábado, 28 de janeiro de 2012

suspenso.

Sábado chuvoso. Dia cinza. Cabeça doendo. Quase é a sensação.

Confesso que gostaria que as primeiras palavras desse espaço fossem coloridas. Que falassem sobre o começo das coisas, sobre aquele brilho especial de início, aquele gostinho e ansiedade que a gente só sente quando estamos entrando no desconhecido, quando começamos algo novo.
Mas como falar sobre começos se tenho me sentido imóvel atrás da linha de largada. E essa imobilidade se dá sem que seja por vontade minha, ela se dá porque simplesmente às vezes é necessário esperar. E eu não gosto desse gosto.

Tudo encontra-se supenso.A sensação é de quase.

Como num suspiro fundo onde o ar não volta. Entra nos pulmões, deixando-os cheios, prontos pra explodir...mas o ar não sai. E só vai sair quando quiser. O ar tem tido vontade própria...

Muitas possibilidades. Muitos desejos. Quase.

Talvez seja a síndrome de janeiro, já que dizem por aí que tudo só começa depois do carnaval. De novo o carnaval. Tenho começado a não gostar do carnaval, ou das minhas histórias de carnaval.

A verdade é que minha mão tenta alcançar mas não chega. A cabeça dói e tento ampliar meus horizontes.
Ser menos eu e mais nós.
Nós, nó, nossos. Olhar no olho. Gesto sincero. Amor humano.- E, por favor, entendam esse amor como algo maior, sentimento de irmão...estar no meio, ser o meio.

Mas tudo encontra-se suspenso...é a sensação.






*E pra finalizar, como será comum por aqui, um poema do grande:

sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos a fora

calma, calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa

Leminski

*pq sim, ele sabe dizer o que eu quero muito melhor do que eu!